Profissionais da saúde são homenageados

Prefeitura entrega medalha de honra a trabalhadores que atuam ou atuaram no combate à pandemia na cidade.

Há mais de um ano, quando foi decretada a pandemia de Covid-19, os profissionais da saúde assumiram um papel fundamental no enfrentamento e combate à doença. Foram alçados à posição de heróis, num reconhecimento ao trabalho de salvar e preservar vidas.

Essa atuação dedicada vem rendendo inúmeras homenagens, como o Prêmio Cidade de São Paulo, entregue nesta quarta-feira (7) pela Prefeitura a 17 profissionais de saúde que atuam ou atuaram na rede de saúde do município no combate à pandemia.

A cerimônia aconteceu de forma virtual, com a participação do prefeito, Bruno Covas, e do secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido. Os trabalhadores receberam medalha de honra e certificados. Como parte da homenagem, a Secretaria Municipal de Cultura fará uma série de projeções de fotografias desses profissionais em prédios e fachadas da capital. As projeções começam nesta quarta-feira e vão até a próxima sexta-feira (9).

Conheça, a seguir, os homenageados com o Prêmio Cidade de São Paulo:

SANDRA HADDAD – profissional da Atenção Básica

É cardiologista e atua na rede pública em emergência clínica na UPA Santo Amaro. Foi diagnosticada com Covid-19 logo no início da pandemia, mas voltou ao trabalho assim que se recuperou e segue até agora salvando vidas na linha de frente.

 

ZILMA EVANGELISTA – profissional do   SAMU

Aos 52 anos e há quase sete no Samu, a   enfermeira Zilma Evangelista se destacou no   enfrentamento da pandemia ao participar da   organização das equipes e da fila, além de   cuidar do delicado trabalho de acolhimento   dos chamados de óbitos em domicílio. O   atendimento domiciliar com emissão de   declaração de óbito foi uma prestação de   serviço pontual e inédita. A gestão e o esforço   coletivo da Central de Regulação e das   equipes fizeram a diferença no atendimento. E   nada funcionaria sem a responsabilidade e a   humanidade de Zilma.

 

MARIA ISABEL SANTOS – profissional da Atenção Básica

Assistente social de formação, Maria Isabel Santos tem 60 anos e coordena há sete a equipe do PAI, Programa de Acompanhamento ao Idoso da Secretaria Municipal da Saúde. Com pós-graduação em Saúde Pública, Família e Gerontologia, ela é a autora do projeto Florescer, que tomou as ruas da cidade em maio do ano passado para minimizar o distanciamento social. O trabalho de Maria Isabel levou – e leva – alegria às pessoas em tempos de pandemia. Até agora, 120 idosos receberam da equipe uma visita com serenata no dia do aniversário.

 

CLARICE HONÓRIO DJAXUKA MIRIM DOS SANTOS – profissional da Atenção Básica

Nascida no Território Tenonde Porã, a índia Guarani May`bya Clarice Honório Djaxuka Mirim dos Santos tem 36 anos, ensino médio completo e há quatro anos trabalha na UBS Vera Poty. Na linha de frente da pandemia, ela tem como desafio conscientizar o povo indígena de que a doença existe e, mesmo invisível, mata pessoas, histórias e saberes. “Convencer os guaranis a fazer o isolamento social é uma dificuldade. O nosso modo de vida é muito coletivo. Estamos na batalha”, diz Clarice.

 

ELISABETE DOS SANTOS PEREIRA AMADOR – profissional da Atenção Básica

Auxiliar de enfermagem na Atenção Primária à Saúde (APS) Santa Marcelina desde 2009, Elisabete dos Santos Pereira Amador tem 52 anos e trabalha na UBS Nossa Senhora do Carmo há sete anos como auxiliar de uma equipe de Saúde da Família, realizando visitas domiciliares, coletas de sangue e curativos crônicos em pacientes acamados. Na unidade, tem atuado na coleta de testes de Covid-19 em pacientes sintomáticos. A pandemia ressaltou o olhar carinhoso de Bete. Muito além dos exames, ela coletou alimentos, roupas e calçados, emprestou muletas, cadeiras de rodas e banho e distribuiu para usuários em situação precária, que perderam o emprego ou um familiar para a Covid-19. Ela lidera listas e ajuda também os colegas de trabalho. Tornou-se uma referência da unidade e na comunidade.

 

LEANNDRU GUILHERME PIRES REIS SUSSMANN – profissional da Atenção Básica

Escutar e se fazer ouvir. A pandemia mudou os formatos terapêuticos do psicólogo Leanndru Guilherme Pires Reis Sussmann. Aos 34 anos, em junho ele completa sete anos na rede e ficou por mais de seis na UBS Jd. Julieta. Desde novembro está no Caps Infantojuvenil. No início da quarentena, ele e um educador físico faziam visitas no portão dos idosos do território. Depois, foi para o hospital Pirituba como voluntário para atender pacientes, familiares e funcionários. Os trabalhadores recebiam sessões de escuta terapêutica, auriculoterapia e yoga. Os pacientes, mesmo os sedados, eram impactados positivamente com músicas e áudios de familiares que, por sua vez, recebiam em chamadas de vídeo o acolhimento necessário.

 

JULIANA PARREIRA CAPASSO – profissional da Atenção Básica

Aos 34 anos, Juliana Parreira Capasso atua há seis na Atenção Primária de São Paulo. Depois de três anos na UBS Vila Dalva, ela está há um ano na UBS Rio Pequeno, como enfermeira responsável técnica. Durante a pandemia, a maior preocupação dela foi garantir a proteção da equipe e da população. Fez isso de forma valente, voluntariosa e incansável. Juliana foi para a linha de frente dos sintomáticos respiratórios na tenda de Covid-19 e é a responsável pela vacinação que procura manter o padrão sem aglomeração, sem filas e sem longas esperas.

 

EUNICE APARECIDA CARVALHO DOS SANTOS – profissional da Atenção Básica

Com 19 anos e quatro meses de experiência como agente comunitário de saúde, Eunice Aparecida Carvalho dos Santos, aos 56 anos de idade, trabalha na UBS Jardim Sapopemba na linha de frente da pandemia, visitando pacientes de Covid-19, acompanhando a evolução dos casos diariamente, dando suporte aos familiares e se envolvendo nas tarefas supostamente mais simples, mas fundamentais para quem está doente e vulnerável. Ela atuou na ajuda com alimentos, na iniciativa de chamar o SAMU para um caso grave e mesmo em encontrar um vizinho para ficar com o filho pequeno de um paciente que foi internado. Eunice é uma guerreira para todos os momentos na batalha contra a Covid-19.

 

TALITA MENDES – profissional da Atenção Básica que atua na ONG Bompar

Assistente social formada em 2007, Talita Mendes trabalhava no Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto e há cinco anos passou a integrar a equipe Belenzinho do Consultório na Rua do Bompar. No início da pandemia ficou grávida, mas não quis se afastar. Permaneceu em ação na sede oferecendo suporte para as equipes de agentes de saúde e foi indispensável no acompanhamento dos trabalhadores infectados pelo coronavírus. Ela foi muito além de suas atribuições. Reinventou práticas de atendimento, fez parcerias e evitou diretamente que muitas pessoas morressem de forma indigna.

 

CICERO CARLOS MARQUES DE BRITO (In Memorian) – profissional da Atenção Básica

A Covid-19 venceu a luta contra o enfermeiro Cicero Carlos Marques de Brito. Ele tinha 46 anos, atuava na AMA/UBS Vila Medeiros e não admitiu sair da linha de frente. Estava sempre disposto a ajudar os companheiros com calma e paciência. Antes, foi bombeiro, trabalhou na Record e durante o exercício dessa profissão se apaixonou pela enfermagem. Dedicou-se incansavelmente à saúde até contrair o vírus e partir depois de 20 dias de internação. Deixou esposa e três filhos.

 

JOSÉ ANTONIO VOLPIANI (HSPM) – profissional da Atenção Hospitalar

Especializado em cirurgia-geral, proctologia e administração hospitalar, o médico José Antonio Volpiani tem 44 anos de atuação na Prefeitura, sendo 41 anos no HSPM. Atualmente, coordena o Pronto-Socorro Adulto. Na linha de frente desde o início da pandemia, foi um dos responsáveis pela criação do Centro de Atendimento Respiratório, com foco na Covid-19. Foi para ele uma das primeiras doses da vacina aplicadas no HSPM.

 

CLÁUDIA SIMONE DOS SANTOS (Hospital Tide Setúbal) – profissional da Atenção Hospitalar

Enfermeira no Núcleo Interno de Regulação do Hospital Tide Setúbal, onde trabalha desde 2004, Claudia Simone dos Santos tem 53 anos e atua na enfermagem desde 1994. Foi atendente, auxiliar e técnica até se formar em 2002. Mãe de dois filhos e avó de duas netas, trabalha todos os dias com dedicação única, com amor à profissão e ao próximo. É um exemplo de determinação a ser seguido.

 

JULIANA CRUZ GOMES (Hospital Tide Setúbal) – Profissional da Atenção Hospitalar

Fisioterapeuta, Juliana Cruz Gomes Silva se formou há 15 anos e há seis trabalha pelo SUS no Hospital Municipal Tide Setúbal. Aos 36 anos de idade, ela é casada, mãe de um menino, coordena a equipe de fisioterapia do hospital e há um ano atua na UTI Covid. Neste período no serviço de reabilitação e de doação ao próximo, o principal exercício e aprendizado é a resiliência, que ela pratica bravamente, ajudando a salvar vidas e inspirando toda a equipe.

 

MARIA ELIANA BONVICCINI QUIARATTI (Hospital Dr. José Soares Hungria) – Profissional da Atenção Hospitalar

Formada em enfermagem há 29 anos, especialista em saúde coletiva e com mestrado em centro cirúrgico, Maria Eliana Bonviccini Quiaratti se aposentou no serviço estadual em 2018, depois de 20 anos no Hospital Geral de Taipas. Desde 1996, ela trabalha no hospital Dr. José Soares Hungria atuando em emergência e cirurgias. Quando a pandemia começou, ela estava na supervisão dos plantões noturnos. Tudo era difícil, desconhecido e desafiador. No fim de abril, ela pegou Covid e ficou 29 dias internada, sendo 14 dias intubada. Foi ao coma sem saber se voltaria. Voltou. Dois meses depois, ainda debilitada, retornou ao trabalho no hospital para salvar mais vidas.

 

BRUNA FALLUH DE ALARCÃO (Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim) – Profissional da Atenção Hospitalar

Aos 28 anos, Bruna Falluh de Alarcão é médica residente no Hospital Municipal M’Boi Mirim e está na linha de frente do combate à Covid-19. Além da formação teórica, ela tem levado o violão para a Unidade de Terapia Intensiva do hospital onde canta para dar alívio e uma dose de esperança para os pacientes e profissionais da saúde. Bruna é uma heroína do SUS durante a pandemia. Um exemplo de respeito à ciência e à vida.

 

SOLANGE GERMANO – profissional da Cosap

Ela está prestes a se aposentar, tem 64 anos de idade e 34 anos de Prefeitura de São Paulo. Formada em medicina veterinária pela USP em 1979, Solange Germano é chefe do setor de Ações Especiais da Cosap, a Coordenadoria de Saúde e Proteção aos Animais Domésticos, e acompanha pessoalmente as ações externas, fazendo inclusive manejo e contenção dos animais. Durante a pandemia, a Cosap mobilizou instituições e recebeu doação de 13,1 toneladas de ração para alimentar animais em situação de vulnerabilidade. Guerreira na defesa, saúde e proteção animal, Solange coordenou toda logística de armazenamento, controle, carregamento e distribuição semanal em cada uma das dez aldeias no município.

 

LUIZ ARTUR VIEIRA CALDEIRA – profissional da Covisa

Coordenador da Covisa desde agosto, Luiz Artur Vieira Caldeira tem 40 anos e é enfermeiro com pós-graduação em Saúde do Trabalhador pela Fiocruz, especialização em UTI Adulto e MBA em Gestão, Governança e Setor Público. Durante quase uma década, atuou junto a pacientes críticos. Na gestão da saúde pública da capital desde 2013, hoje ele atua como autoridade sanitária, coordena todas as equipes da vigilância na cidade e coloca seu currículo em prática nas campanhas de vacinação, na fiscalização e combate a aglomerações e festas clandestinas e nos estudos de monitoramento da Covid-19 numa das maiores cidades do mundo.

Fonte: Prefeitura