Visita ao MIS integra saúde e imaginação por meio de exposição interativa e oficina de
cordel e xilogravura
Os pacientes dos grupos Dor e Bem-Estar e Momento de Pausa, da UBS São Carlos, trocaram as consultas de rotina por uma viagem no tempo e na imaginação em 25 de julho. Sob a organização do educador físico Diego Gomes do Nascimento, da nutricionista Edilaine Nascimento dos Santos, da auxiliar de enfermagem Lucimeire dos Santos e da farmacêutica Gisele, o grupo visitou a exposição dedicada a Júlio Verne no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo (SP).
“Nosso intuito ao proporcionar esse passeio era muito mais do que oferecer um dia diferente. Queríamos criar um momento de acolhimento, descontração e conexão com a cultura”, afirmou Diego, reforçando a importância de integrar a arte e a saúde.
A viagem ao universo do escritor francês começou logo na entrada do museu, com uma ambientação sonora e visual que remetia às suas invenções e aventuras. Os participantes foram transportados para o século 19, mergulhando em um cenário composto por mapas antigos, manuscritos originais e maquetes detalhadas de invenções como o submarino Náutilus.
Segundo ele, a experiência foi além da observação. O grupo ainda teve a oportunidade de participar de uma oficina de Cordel e Xilogravura: “Foi incrível ver a alegria e a criatividade de cada um se manifestando em palavras e imagens, acompanhadas de muitas risadas”, relatou Lucimeire.
Os pacientes foram convidados a criar seus próprios cordéis, transformando sentimentos e pensamentos em rimas. Para Edilaine, o impacto da iniciativa foi positivo: “Essa visita foi mais do que um passeio cultural: foi uma experiência educativa, sensorial e afetiva. O contato com o patrimônio cultural fortaleceu o bem-estar emocional, estimulou a memória, a linguagem e a criatividade”.
O passeio cultural reforçou a visão de que a saúde vai além do tratamento clínico, mostrando que momentos de lazer e cultura são essenciais para o bem-estar geral: “Momentos como esse unem arte, memória e cuidado humanizado e mostram que, quando cultura e saúde caminham juntas, criamos experiências transformadoras para todos”, concluiu Diego.
O encontro foi finalizado com a leitura dos cordéis criados pelos participantes, como o da paciente Mariana e de Lucimeire, que, respectivamente, escreveram: “Como segurar a emoção/Nessa grande aventura;/Nas asas da imaginação/Vamos viajar nessa loucura”.
“É tempo de pausa, é tempo de ler,/De escutar com o peito, de se entender./Que o verso nos una, em roda ou em flor./Cordel é palavra, é vida, é clamor.”