O descarte correto de lixo eletrônico, conhecido como e-lixo, tem se tornado uma preocupação crescente no Brasil e no mundo. Formado por dispositivos como celulares, computadores, baterias e televisores que chegaram ao fim de sua vida útil, o e-lixo acumula materiais valiosos e substâncias tóxicas. Apesar disso, apenas uma pequena fração desses resíduos é reciclada no país.
Segundo Carolina Coelho, educadora ambiental RSA, “a reciclagem de e-lixo é essencial não apenas para evitar danos ao meio ambiente e à saúde humana, mas também para recuperar recursos como ouro, prata, cobre e alumínio, reduzindo a necessidade de extração mineral”.
No Brasil, o cenário é desafiador. Segundo o Global E-Waste Monitor 2020, o país gera cerca de 2,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano, sendo um dos maiores geradores da América Latina. Entretanto, barreiras como a falta de conscientização, infraestrutura inadequada e a ausência de políticas públicas robustas dificultam o avanço da reciclagem.
Diante desse contexto, o INTS SACA tem se destacado ao implementar o Programa de Reciclagem de Materiais Eletrônicos (e-lixo) em seus serviços de saúde. A iniciativa visa engajar colaboradores e promover a conscientização ambiental, alinhando as ações da organização aos princípios da sustentabilidade.
Por meio do programa, todo o e-lixo recebido das unidades é centralizado na Coordenação do INTS SACA e recolhido pela empresa parceira Global Reverso – Sucata Digital, especializada no gerenciamento desses resíduos. “Em 2024, o programa destinou para reciclagem 74,7 kg de dispositivos eletrônicos, como cabos, teclados, HDs, celulares e roteadores, provenientes dos diversos serviços de saúde sob a gestão da instituição.
“A gestão do e-lixo vai além da responsabilidade ambiental: é uma oportunidade de promover a economia circular, gerar empregos e preservar recursos naturais. Com esforço coletivo, podemos transformar o e-lixo de um problema em uma solução sustentável para o futuro”, conclui Carolina.
